Ad Coimbra

sexta-feira, outubro 16, 2009

Coimbra Amorfa

Volvido que foi o acto eleitoral autárquico, é necessária alguma reflexão. Não é fácil explicar ou ter cabimento que Carlos de Encarnação, que veio logo no primeiro mandato contrariado para Coimbra, absolutamente convencido de que o "frete" era apenas a campanha, acabou com Coimbra a ter a fatalidade dele sair ganhador.
Na tomada de posse do segundo mandato anunciou com poupa e circunstância, que era a última vez que o fazia, dois mandatos eram o seu limite. Porém, lá se candidatou ao terceiro mandato até porque tal era fundamental para outros propósitos, concerteza.

Mas o que é espantoso é que quem nada fez por Coimbra, que deixou sem uma reclamação que todas as direcções regionais fossem deslocalizados, quem moveu processos de intenções a, pelo menos três vereadores por si escolhidos, quem foi constituído arguido num processo de contornos muito problemáticos, consiga obter uma maioria absoluta. Percebemos o PSD. A sua "nomenclatura" local é realmente composta e capitaneada por quem não faz a mais pequena ideia do que sejam valores inerentes à cidadania e á causa pública.

Mas onde está o povo de Coimbra, como se deixaram utilizar sem se manifestarem, sem na urna mostrarem o seu descontentamento?

O que se passa nesta velha Cidade então irreverente. Ficou amorfa e conformada subjugada ao poder decrépito?

Eu nasci aqui, e não me vou dobrar a este compadrio, nem que fique a pregar sozinho, mas Coimbra tem que acordar, antes de MORRER

terça-feira, março 14, 2006

Maestro Virgílio Caseiro

segunda-feira, março 06, 2006

Congresso ANAFRE





A ANAFRE, Associação das Freguesias Portuguesas, reuniu em Congresso, nos passados dias 17 e 18 de Fevereiro, na cidade de Santa Maria da Feira. A Freguesia de Santo António dos Olivais conseguiu fazer eleger para a mesa do Congresso o Presidente da sua Assembleia de Freguesia.

sábado, fevereiro 11, 2006

Drª Virginia Abreu Pestana

Hoje, numa parceria, Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Reitoria da Universidade de Coimbra e Antigos Orfionistas da U.C., foi prestada uma singela homenagem à Senhora Drª Virgínia Abreu que, no próximo mês de Abril, atinge as cento e sete primaveras. Tal longevidade faz dela alguém que atravessou três séculos, que passou pelo regicídio, pela implantação da república, viveu as crises da primeira república, testemunhou a implantação do Estado Novo, assistiu ao 25 de Abril, foi testemunha de duas guerras mundias e de uma longa guerra colonial.
Sendo hoje a "decana" de todos quantos passaram pela Universidade de Coimbra, licenciada em Físico-Químicas, teve a sua principal actividade como professora do ensino liceal.
Quando estudante notabilizou-se, há mais de 85 anos, quando se atreveu com outras jovens do tempo, entre as quais a Drª Dionísia Camões a quebrar a tradição das "reais repúblicas" deixarem de serem exclusivamente masculinas, criando a primeira "república" feminina.

Na homenagem de hoje pode verificar-se tratar de alguém que mantém uma capacidade e actividade dignas de registo, 106 anos não a impedem de cantar com o orfeon, de ler sem óculos e de responder com graça a todos e foram muitos que lhe quiseram prestar a sua homenagem.

Quando se chega a esta bonita idade com esta vivacidade vale a pena VIVER.

domingo, fevereiro 05, 2006

Poesia e Teatro (em crise)



Do Porto chegou-nos o apelo para ajudar a "Poetria", uma livraria única no país onde os livros não são apenas mercadoria:

1.Comece o ano com poesia, elegendo para 2006 a sábia e límpida palavra de DANIEL FARIA:


“Seja o que for

Será bom.

É tudo.”



2.Ajude-nos a vencer a crise. Basta que nos visite (ou volte a visitar-nos) e nos compre um livro de poesia ou teatro.

Se preferir recebê-lo comodamente em sua casa, à cobrança, só precisamos que nos indique um título ou um nome de autor, assim como o nome e endereço de destino.

Também poderemos escolhê-lo por si, se gostar de ser surpreendido(a) e nos disser qual o montante limite. Não o(a) desapontaremos.



3. A sua intervenção poderá evitar o desaparecimento da ÚNICA LIVRARIA NA PENÍNSULA IBÉRICA onde só moram livros de poesia e teatro.



4. Ousamos pedir um pouco mais: que divulgue a nossa mensagem pelos seus amigos e outros correspondentes, se não vir nisso inconveniente.



“Abraça-me com força

agora que vou morrer”



Manuel de Freitas, in “Jukebox”



LIVRARIA POETRIA – R. das Oliveiras, 70 – r/c, ljs 5/13 (frente ao Teatro Carlos Alberto); tel. 222000436; mail: poetria@sapo.pt

(Dina e Dulce)

4 de Fevereiro de 1961

Passaram ontem 45 anos sobre o primeiro levantamento em armas de uma das ex-colónias. Em Angola, às primeiras horas da madrugada, o MPLA assalta a cadeia de São Paulo com duas intenções, libertar os seus elementos ali detidos e aproveitar o que ao tempo era dado como certo: que o Paquete Santa Maria, desviado por Henrique Galvão, seria entregue às autoridades portuguesas em Luanda, com a cobertura mediática. O MPLA pretendia assim com esta acção chamar sobre si as atenções.
Porém, os dois homens que eram protagonistas desta luta não deixavam os seus créditos por mãos alheias e Salazar cortou as voltas a Agostinho Neto e o paquete rumou a Lisboa sem atracar em Luanda.

Esta guerra haveria de se prolongar entre Lisboa e Luanda até o 25 de Abril de 1974 e alastrar a Moçambique e Guiné e continuar depois em foros internos de angolanos com angolanos e moçambicanos com moçambicanos.

Deixou duas expressões para a História, do lado de António de Agostinho Neto parte do hoje hino nacional angolano, " Na manhã do 4 de Fevereio os heróis cortaram as algemas" da parte de António de Oliveira Salazar "para Angola rapidamente e em força".
Hoje 45 anos depois ainda dos dois lados há estropiados de guerra e traumatizados psicologicamente.

Mas o desmoronar do império iniciado com a queda de Goa, Damão e Dio, a favor da União Indiana, só teria o seu fim, por dentro no 25 de Abril. Hoje estamos já em condições de cada vez mais nos aproximarmos dos designados PALOP(s) e entender de vez que seja como for, mesmo no conflito, temos um passado comum que não pode nem deve ser esquecido e se bem utilizado pode aproveitar a todos.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Mário Sá-Carneiro

Poesia... Mário de Sá-Carneiro

Sete Canções de Declínio
1.
Um vago tom de opala debelou
Prolixos funerais de luto d'Astro-,
E, pelo espaço, a Oiro se enfolou
O estandarte real - livre, sem mastro
Fantástica bandeira sem suporte,
Incerta, nevoenta, recamada -
A desdobrar-se como a minha Sorte
Predita por ciganos numa estrada...
2.
Atapetemos a vida
Contra nós e contra o mundo.
-Desçamos panos de fundo
A cada hora vivida.
Desfilemos, danças - embora
Mal sejam uma ilusão.
- Cenários de mutação
Pela minha vida fora!
Quero ser Eu plenamente:
Eu, o possesso do Pasmo.
- Todo o meu entusiasmo,
Ah! que seja o meu Oriente!
O grande doido, o varrido,
O perdulário do Instante -
O amante sem amante,
Ora amado ora traído...
Lançar as barcas ao Mar-
De névoa, em rumo de incerto...
-Pra mim o longe é mais perto
Do que o presente lugar.
...E as minhas unhas polidas -
Ideia de olhos pintados...
Meus sentimentos maquilhados
A tintas desconhecidas...
Mistério duma incerteza
Que nunca se há-de fixar...
Sonhador em frente ao mar
Duma olvidada riqueza...
- Nuno programa de teatro
Suceda-se a minha vida:
Escada de Oiro descida
Aos pinotes, quatro a quatro! ...
3.
-Embora num funeral
Desfraldemos as bandeiras:
Só as Cores são verdadeiras -
Siga sempre o festival!
Quermesse - eia! - e ruído!
Louça quebrada! Tropel!
(Defronte do carroussel,
Eu, em ternura esquecido...)
Fitas de cor, vozearia -
Os automóveis repletos:
Seus chauffeurs os meus afectos
Com librés de fantasia!
Ser bom... Gostaria tanto
De o ser...Mas como? Afinal
Só se fizesse mal
Eu fruiria esse encanto.
- Afectos?...Divagações...
Amigo dos meus amigos...
Amizade são castigos,
Não me embaraço em prisões!
Fiz deles os meus criados,
Com muita pena - decerto.
Mas quero o Salão aberto
E os meus braços repousados.
4.
As grandes Horas! - vivê-las
A preço mesmo dum crime!
Só a beleza redime -
Sacrifícios são novelas.
«Ganhar o pão de seu dia
Com o suor do seu rosto»...
- Mas não há maior desgosto
Nem há maior vilania!
E quem for Grande não venha
Dizer-me que passa fome:
Nada há que se não dome
Quando a Estrela for tamanha!
Nem receios nem temores,
Mesmo que sofra por nós
Quem nos faz bem. Esses dós
Impeçam os inferiores.
Os Grandes, partam - dominem
Sua Sorte em suas mãos:
- Toldados, inúteis, vãos,
Que o seu Destino imaginem!
Nada nos pode deter:
O nosso caminho é d'Astro!
Luto - embora! - o nosso rastro,
Se pra nós Oiro há-de ser!...
5.
Vaga lenda facetada
A imprevisto e miragens -
Um grande livro de imagens,
Uma toalha bordada...
Um baile russo a mil cores,
Um Domingo de Paris -
Cofre de Imperatriz
Roubado por malfeitores...
Antiga quinta deserta
Em que os donos faleceram -
Porta de cristal aberta
Sobre sonhos que esqueceram...
Um lago à luz do luar
Com um barquinho de corda...
Saudade que não recorda -
Bola de ténis no ar...
Um leque que se rasgou -
Anel perdido no parque -
Lenço que acenou no embarque
D'Aquela qu não voltou
Praia de banhos do Sul
Com meninos a brincar
Descalços, à beira-mar,
Em tardes de céu azul...
Viagem circulatória
Num expresso de wagons-leitos -
Balão aceso - defeitos
De instalação provisória...
Palace cosmopolita
De rastaquouères e cocotes -
Audaciosos decotes
Duma francesa bonita...
Confusão de music-hall,
Aplausos e brou-u-há -
Interminável sofá
Dum estofo profundo e mole...
Pinturas a «ripolin»
Anúncios pelos telhados
O barulho dos teclados
Das Linotyp' do «Matin»...
Manchete de sensação
Transmitida a todo o mundo -
Famoso artigo de fundo
Que acende uma revol'ção...
Um sobrescrito lacrado
Que transviou no correio,
E nos chega sujo - cheio
De carimbos, lado a lado...
Nobre ponte citadina
De intranquila capital -
A humidade outonal
Duma manhã de neblina...
Uma bebida gelada -
Presentes todos os dias...
Champanhe em taças esguias
Ou água ao sol entornada...
Uma gaveta secreta
Com segredos de adultérios...
Porta falsa de mistérios -
Toda uma estante repleta:
Seja enfim a minha vida
Tarada de ócios e Lua:
Vida de Café e rua,
Dolorosa, suspendida -
Ah! mas de enlevo tão grande
Que outra nem sonho ou prevejo...
- A eterna mágoa dum beijo,
Essa mesma, ela me expande....
6.
Um frenesi hialino arrepiou
Pra sempre a minha carne e a minha vida.
Fui um barco de vela que parou
Em súbita baía adormecida...
Baía embandeirada de miragem,
Dormente de ópio, de cristal e amil,
Na ideia dum país de gaze e Abril,
Em duvidosa e tremulante imagem...
Parou ali a barca - e, ou fosse encanto,
Ou preguiça, ou delírio, ou esquecimento,
Não mais aparelhou... - ou fosse o vento
Propício que faltasse: ágil e santo...
...Frente ao porto esboçara-se a cidade,
Descendo enlanguescida e preciosa:
As cúpulas de sombra cor-de-rosa,
As torres de platina e de saudade.
Avenidas de seda deslizando,
Praças d'honra libertas sobre o mar -
Jardins onde as flores fossem luar;
Lagos - carícias de âmbar flutuando...
Os palácios a rendas e escumalha,
De filigramas e cinza as Catedrais -
Sobre a cidade, a luz - esquiva poalha
Tingindo-se através longos vitrais...
Vitrais de sonho a debruá-la em volta,
A isolá-la em lenda marchetada:
A Veneza de capricho - solta,
Instável, dúbia, pressentida, alada...
Exílio branco - a sua atmosfera,
Murmúrio de aplausos - seu brou-u-há...
E na Praça mais larga, em frágil cera,
Eu - a estátua «que nunca tombará»...
7.
Meu alvoroço d'oiro e lua
Tinha por fim que transbordar...
- Caiu-me a Alma ao meio da rua,
E não a posso ir apanhar!
Paris 1915

sábado, janeiro 14, 2006

A TORRE E A BAIXA

A TORRE

A velha Torre

Será que ela faz sobra á cidade ou a cidade que á sombra dela se coloca? Por via das dúvidas fomos vê-la de NOITE

domingo, janeiro 08, 2006

Coimbra Cidade com Coração

Faz pouco tempo, por altura do Dia Mundial do Coração de que Coimbra foi o palco Nacional, a Câmara Municipal de Coimbra e a Fundação Portuguesa de Cardiologia, Zona Centro, firmaram um protocolo, só possível pela oferta do Mestre Fernando Crespo dos direitos autorais, respeitante à estátua que há-de nascer ali na rotunda, Junto à Quinta das Lágrimas.

Por ora apenas três paineis marcam o espaço e serão precisas comunhões de várias "boas vontades" para que a Fundação possa erguer a estátua à cidade.

Você que ama Coimbra está disposto a contribuir para o angariar dos fundos necessários, ou essa coisa de "amar Coimbra Capital da Saúde é só conversa"....

A FPC -Zona Centro está aberta ao contributo de todos.

Fundação P. Cardiologia e C.M. Coimbra

Coimbra Cidade com Coração

quarta-feira, janeiro 04, 2006

A JUSTIÇA?

Desde que a nova lei executiva entrou em vigor (4 anos), os ditos processos executivos têm vindo a amontoar-se pelas secretarias dos Tribunais, com mais um agente processual na questão, o solicitador de execução, e com os sistemas informáticos a rebentarem pelas costuras, sem serem capazes de dar resposta ao problema.

Como falta a coragem política para reconhecer este enorme erro, tudo continua parado, ninguém se atreve a regressar à anterior forma, que longe de ser perfeita tinha o mérito do cidadão ver os seus créditos cobrados ou definitivamente perdidos, mas tinha um resultado.

Que tal seguir o exemplo recente Brasileiro e terminar com o processo executivo quando filiado no processo declarativo???

A JUSTIÇA!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

PRESIDENCIAIS

Faltam apenas 20 dias para que todos sejamos chamados a escolher aquele que durante 5 anos, ou na nossa tradição, de facto por 10 anos, ocupe o lugar do primeiro Magistrado da Nação.

Na realidade, temos três candidatos capazes de atingir tal desiderato,Alegre, Soares e Cavaco. Se algum crédito merecem as sondagens, Cavaco já é o Presidente Eleito.

Acreditamos que Cavaco será eleito à primeira volta, com margem folgada, mas tal só se materializa se todos os que determinam as referidas sondagens não se acomodarem a uma vitória virtual e exercerem o seu direito e obrigação de voto em 22 de Janeiro.

Se Cavaco é o candidato que a maioria dos portugueses querem ver como Presidente, então para que onerar as fracas finanças públicas com uma desnecessária 2º volta?

Vote-se massivamente Cavaco já em 22 de Janeiro.

Aqueles que têm outro candidato preferencial, certamente não deixarão de votar no seu preferido.

Mas adientemos curtos argumentos em prol de Cavaco e Silva: foi um primeiro ministro bem sucedido, o que levou a grangear reputação de seriedade a nível internacional. Neste momento que o País atravessa é fundamental um Presidente que seja capaz de ajudar a que o país recrute capital estrangeiro. Sinceramente e não obstante ntoda a consideração, até pessoal, que nos merecem todos os candidatos, não descortinamos que qualquer outro esteja tão bem situado neste particular.

Arautos, pouco sérios, agitam bandeiras anti Cavaco, alegando que este poderia querer imiscuir-se nas competências próprias do Governo.
Honestamente, temos já 32 anos de democracia, e já se não podem lançar atoardas destas tão ridiculas como pensar que Jerónimo de Sousa, pelo facto de ser do PCP é um perigoso, Stalinista.

Os tempos mudaram, não mais haverá aventuras de ditaduras ou violações fundamentais dos direitos emergentes de um estado de direito moderno.

Hoje, temos que pensar seriamente como resolvemos os nossos problemas, como apanhamos o comboio da Europa e a carruagem do MUNDO.

Na actual conjuntura CAVACO e SILVA, é único que pode lançar alguma esperança para todos nós que apostamos teimosamente que este PAÍS HÁ-DE IR AVANTE.

domingo, julho 17, 2005

Cores de Coimbra IV


Cores de Coimbra
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Ainda as buganvílias...

Cores de Coimbra III


cores de coimbra
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Cores de Coimbra II


cores de coimbra
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Haja mais buganvílias

terça-feira, julho 12, 2005

Cores de Coimbra I


Cores de Coimbra IV
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quinta-feira, julho 07, 2005

Terrorismo

Hoje acordamos com as notícias vindas de Londres de pelo menos quatro explosões na longa linha do metro haviam acontecido, provocando perto de quarenta mortos e um número indeterminado de feridos.

Tony Blair já admitiu tratar-se de um acto terrorista, em lado algum se está a salvo deste tipo cobarde de carnificina.

Mas o mundo civilizado não se pode deixar "aterrorizar" por estes grupos de criminosos de delito comum.

Estão as férias á porta, embora a situação seja de crise, não alteremos os nossos destinos com base neste ou qualquer outro atentado, mesmo que isso signifique correr riscos necessários ao triunfo da civilização ocidental.

domingo, julho 03, 2005

Sardinhada...

No passado sábado, na sede concelhia do PSD, à volta de umas sardinhas, as hostes laranja, em número não significativo - tenhamos em conta que já há quem esteja de férias, e o fim de semana é alargado - assinalaram as obras de reconstrução da sede concelhia, só possiveis por esforços vários, mas que assentaram basicamente em três ou quatro pessoas. No evento esteve presente o responsável concelhio do CDS, que tem feito um óptimo negócio para os orgãos autárquicos para as eleições que se avizinham. A sua preponderância nos referidos orgãos tem mesmo levado a um certo mal estar por parte dos militantes laranjas que se sentem relegados para segundo plano.

Encarnação, presente no evento, não deixou de mandar recados para o interior laranja, pondo a tónica na sua independência para a escolha da equipa da vereação e da assembleia municipal, não estando muito para ouvir o seu Partido.

Esperemos que saiba, Encarnação, contentar as tendências existentes no seio laranja, pois, a assim não ser, pode ter os próximos quatro anos de muita turbulência interna. Nomeadamente, Maló, Marcelo Nuno e Jorge Antunes não deverão ficar de braços cruzados a verem diminuída a sua esfera de influência...

Marcelo Nuno foi indicado pela Concelhia para vereador. Encarnação, se na vereação não quer fazer grandes variações, tem que trocar no lugar do CDS Rebanda por Providência, como lhe foi imposto. Fica com Violante para trocar com Marcelo.

Na cultura também vai poder trocar Nunes, por Antunes ou Maló, mas fica sempre com uma falta.

Ou seja sobra gente, faltam lugares...

Não será fácil concertar toda a situação, mas Encarnação tem tido uma certa arte nesta matéria. Aguardemos.

Mandatario por Lisboa

Com espanto, verificamos hoje que José Miguel Júdice (bastonário da OA, no mandato anterior e figura charneira das empresas Quinta das Lágrimas) é o mandatario de Maria José Nogueira Pinto, candidata à Camara de Lisboa pelo CDS/PP.

Salvo melhor, qualquer coisa vai mal no posicionamento de José Miguel.

1. Deixou de ser militante do PSD? Não vimos notícia de tal.

2. Estamos a falar do mesmo Júdice que na apresentação da recandidatura de Carlos de Encarnação à CMC estava na primeira fila?

3. Será por acaso o mesmo, a que Encarnação fez uma referência de isenção, por no seu primeiro mandato não ter apoiado publicamente por ter processos na CMC?

4. Desde que na Sorbone vimos uma revista com publicidade ao seu escritório, quando tal era proibido, e ele era candidato a Bastonário... ficamos sempre desconfiados...por tal não teve o nosso voto preferimos Luís Laureano Santos, embora derrotado.

Continuamos na nossa, preferimos aqueles que se posionavam à esquerda antes do 25 de Abril.

Enfim é assim...

Ines

Para que o "exclusivo" das comemorações dos 650 anos da morte de Inês de Castro não fique apenas a cargo de uma fundação que, não obstante todo o mérito inerente à mesma, deixou de fora muita gente e organizações que sem os mesmos meios, sem qualquer subsídio ou apoio de grupos económicos ou turisticos, vêm de há muito prestando tributo à figura de "Inês", novas iniciativas se aproximam. Assim, e de modo completamente independente a Companhia "Fatias de Cá" repõe a "Inês", desta feita no Jardim Botânico no próximo dia 28, numa só exibição. É pena que a "Inês" não volte a ser levada à cena na Quinta das Lágrimas, mas isso posso afiançar supera o "Fatias" com o amor pelo teatro e no caso por Coimbra.

sexta-feira, julho 01, 2005

Inês de Castro

Ontem, 30 de Junho, Coimbra parou ao fim da tarde para ver o cortejo da invocação dos 650 anos da morte da "Linda Inês".
Figura que faz parte da mítica colectiva desta cidade, quantas vezes cantados foram os amores de "Pedro e Inês"...
Quantos outros amores deste Mondego nascidos, tiveram aquele por inspiração...
Boa hora foi aquela em que uma legião de vontades puseram de pé tal comemoração, por justiça é de salientar o empenho da família Júdice em especial José Miguel, (pai e filho), que em Montemor-o-Velho deram o pontapé de saída.

Coimbra precisa de todas e quaisquer iniciativas culturais. Seja a "Inês" na Quinta das Lágrimas, a cargo do grupo de teatro Fatias de Cá seja a que for.

Coimbra tem a sua maior força viva ainda radicada na cultura, não podemos perder este património

Aqueles que da Lei da Morte se foram Libertando...

Ontem, o país recebeu a notícia de que pelo decurso do tempo, aos quase 106 anos, Emídio Guerreiro, nos deixou.

Para além da parte quase social, de apresentar as nossas condolências na pessoa de seu neto até há pouco dirigente do ITAP de onde saiu para o instituto da droga, passamos rapidamente o pensamento pelo conhecimento que temos deste HOMEM que atravessou três séculos, lutou pela liberdade de três Povos, português, espanhol e francês, que se levantou contra a ditadura de Salazar, fez frente ao gonçalvismo, retirou-se do PPD quando sentiu que o mesmo se afastava do seu ideário inicial, largou o PRD por concluir pelo desvalor do mesmo.

Apenas uma frase nos assalta bem haja Prof. Doutor Emídio Guerreiro pela lição de vida de exemplo, que nos legou. Pela forma descomprometida, quase poética como sempre encarou a Liberdade.

quinta-feira, junho 30, 2005

Sondagens..

Na penúltima edição do semanário Campeão das Províncias, há precisamente uma semana, foram publicadas sondagens, atinentes à próxima disputa autárquica que colocavam Carlos da Encarnação mais de vinte pontos à frente de Victor Baptista.

Sondagens valem o que valem, mas quando o intervalo é superior a 20 pontos, pode levar a que todos os que amam Coimbra e que almejam a que vença o que melhor a defenderá, fiquem sem dúvidas de que o melhor será Carlos de Encarnação, que tem servido Coimbra de forma que se não via desde o saudoso Engº Moreira, e que será certamente o presidente reeleito desta cidade.

Porém, queremos aqui deixar um singelo apelo, que ninguém durma " à sombra das sondagens" por mais optimistas que as mesmas sejam. Estamos ainda a mais de dois meses da única "sondagem" vinculativa, a contagem dos votos nas urnas, pelo que o trabalho em prol da (re) eleição do conimbricense Carlos da Encarnação, impõe que todos se envolvam em prol de Coimbra para continuar o trabalho iniciado há quatro anos depois de doze anos de paragem total a cargo de Manuel Augusto Machado, agora por terras de Angola.

Ainda mais um comentário e pedido, não chega eleger Encarnação, é necessário que em cada junta de freguesia se eleja o candidato por ele indicado, é imperioso eleger uma maioria na Assembleia Municipal, só assim, daqui a quatro anos se poderá julgar na sua pleinitude qual foi a governação do nosso "burgo" e ainda assim tendo em linha de conta os meios que o Governo central lhe vai certamente retirar para impedir a evolução de Coimbra.

Temos o grato privilégio de ser a terceira vez que daremos o nosso humilde contributo para sua eleição, já em 1982 estivemos a seu lado, não esmorecendo com a derrota de então. E há quatro anos vimos a nossa aposta recompensada, e cada vez estamos mais certos da razão que nos assiste. Coimbra já mais se entregará aos caros cartazes do "economista e deputado". A lei dos financiamentos dos partidos está ser cumprida, candidato Victor Baptista?!

segunda-feira, junho 27, 2005

Principiando...

Esta cidade que durante anos esteve lançada a uma sorte desgraçada, tomada de assalto pela mediocridade e por tendências autofágicas, começou nos últimos anos a recuperar parte da sua alma crítica e resistente. Todavia, persistem dificuldades internas e externas, anímicas e institucionais.
Veja-se o exemplo recente: sonhou-se com o metro ligeiro de superfice, com interface na 'Estação Velha', porém agora temos que nos defrontar para já com a resistência do Terreiro do Paço. Esforço inglório pois Coimbra e suas gentes saberão fazer prevalecer a sua vontade.

Este espaço não será nunca nem um muro de lamentações nem um local que a coberto do anonimato diga mal de tudo e de todos, outrossim será sempre um humilde contributo em prol desta Coimbra em que nascemos e vivemos, e que pretendemos ver transformada numa cidade mais progressiva e rejuvenescida.

Nesta nossa terra conhecemos cada rua, cada viela ou vereda, tratamos por tu as pedras da calçada. Sofremos quando a vimos maltratada ou desconsiderada, regozijamos-nos com os seus êxitos. Seja a Académica a manter-se "briosamente" na primeira liga; seja a Ponte Rainha Santa, a finalmente ter a utilidade para que foi projectada "ponte"; seja a aprovação do novo Hospital Pediátrico; seja o Parque Verde do Mondego, vulgo as nossas "Docas"; seja a tão esperada circular externa; seja o início do "Forum" em Santa Clara; seja a nova sede da Junta de Freguesia dos Olivais; seja ...
Enfim estamos e estaremos com Coimbra sempre.

domingo, junho 26, 2005

Abertura

Coimbra tem mais encanto...