Ad Coimbra

sábado, fevereiro 11, 2006

Drª Virginia Abreu Pestana

Hoje, numa parceria, Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Reitoria da Universidade de Coimbra e Antigos Orfionistas da U.C., foi prestada uma singela homenagem à Senhora Drª Virgínia Abreu que, no próximo mês de Abril, atinge as cento e sete primaveras. Tal longevidade faz dela alguém que atravessou três séculos, que passou pelo regicídio, pela implantação da república, viveu as crises da primeira república, testemunhou a implantação do Estado Novo, assistiu ao 25 de Abril, foi testemunha de duas guerras mundias e de uma longa guerra colonial.
Sendo hoje a "decana" de todos quantos passaram pela Universidade de Coimbra, licenciada em Físico-Químicas, teve a sua principal actividade como professora do ensino liceal.
Quando estudante notabilizou-se, há mais de 85 anos, quando se atreveu com outras jovens do tempo, entre as quais a Drª Dionísia Camões a quebrar a tradição das "reais repúblicas" deixarem de serem exclusivamente masculinas, criando a primeira "república" feminina.

Na homenagem de hoje pode verificar-se tratar de alguém que mantém uma capacidade e actividade dignas de registo, 106 anos não a impedem de cantar com o orfeon, de ler sem óculos e de responder com graça a todos e foram muitos que lhe quiseram prestar a sua homenagem.

Quando se chega a esta bonita idade com esta vivacidade vale a pena VIVER.